sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Série do Canal Brasil reúne pioneiros da bossa nova


Cinqüenta dividido por sete. A conta é feita pelo Canal Brasil no programa 7X bossa nova, que estréia nesta sexta-feira, às 20h30, com uma nova abordagem sobre o cinqüentenário do movimento. Com depoimentos de cantores e compositores fundamentais para o gênero, como Roberto Menescal, Marcos Valle, Carlos Lyra e João Donato, a série discute sete temas (A revolução musical, A bossa e o mar, A bossa e a nova mulher, Encontros da bossa, Bossa que segue e A bossa nova ontem, hoje e sempre), desde os pioneiros até os novos representantes, como o Bossacucanova. O diretor da atração, Belisario Franca, diz que as peculiaridades não se restringem apenas à divisão temática. – Até o “sete” do título começou com uma brincadeira a partir das notas musicais e como uma alusão ao Samba de uma nota só – explica Franca. – A idéia é mostrar que a bossa é muito mais do que tudo isso, queremos fazer uma viagem completa nesse cenário musical. Os jornalistas Ruy Castro, Nelson Motta e o crítico do Jornal do Brasil Tárik de Souza enriquecem a mistura do programa com depoimentos sobre o movimento. Suas falas são intercaladas com imagens raras e trechos de documentários. No primeiro episódio ganha destaque o pianista Johnny Alf, que influenciou o estilo de Tom Jobim e Newton Mendonça; e são discutidas as características técnicas da linguagem musical inventada por João Gilberto. – Cada programa tem um artista que faz a “liga” – adianta o diretor. – Escolhemos Johnny Alf por ser uma referência, um músico que antes de João Gilberto acrescentou muitos ingredientes à bossa. Franca ressalta a necessidade desse tipo de conteúdo na TV brasileira: – É importante para que os jovens possam entrar nesse universo. A bossa fala do passado, mas com uma promessa de futuro. É de olho nesse futuro que, no sexto episódio, o Bossacucanova interpreta clássicos especialmente para a série. – A televisão abre um espaço ainda maior para que a bossa não se perca. Ela é como o blues: se renova, mas não desaparece – comenta Márcio Menescal, baixista da banda.

Jornal do Brasil - Por Fernanda Pereira Carneiro

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