segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tim de Todas as Bossas - Sony Bmg

Quando Tim Maia lançou o disco Tim Maia Interpreta Clássicos da Bossa Nova, em 1990, pegou todo mundo de surpresa. Ok, ninguém mais se surpreendia com as supostas maluquices do Síndico, mas ele deixou público e crítica de boca aberta com as exemplares abordagens de clássicos da Bossa Nova, em trabalho produzido e arranjado por Almir Chediak, também já falecido, e com participação de músicos do quilate de Antonio Adolfo (piano), do saudoso Luizão Maia (baixo), de Chiquito Braga (violão) e Wilson das Neves (bateria). O CD, lançado originalmente pela Vitória Régia, gravadora de Tim, estava há algum tempo fora de catálogo, mas volta agora pela Sony BMG, em reedição caprichada. O áudio foi remasterizado. O cantor dá um show em temas como A Rã (João Donato/Caetano Veloso), Folha de Papel (Sérgio Ricardo), Eu e a Brisa (de Johnny Alf, não exatamente uma bossa, mas influenciada por ela, visto o autor ter sido um dos pioneiros do gênero), Samba da Pergunta (Pingarilho/ Marcos Vasconcellos), Meditação (Tom Jobim/Newton Mendonça) e Wave (Tom Jobim). Grande trabalho, que retorna às lojas em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova.

Blog Acordes - Por Toninho Spessoto

Discografia de Caymmi é seleta com sua obra

A discografia de Dorival Caymmi (1914 - 2008) é seleta como sua obra. Totaliza 17 álbuns lançados originalmente entre 1954 e 1991 - alguns reeditados com outros títulos e outras capas na era do CD. Os álbuns originais de sua fase mais produtiva - os anos 50 - foram lançados pela Odeon, extinta companhia brasileira cujo acervo pertence aos arquivos da gravadora multinacional EMI Music.

Eis os 17 álbuns da discografia oficial de Dorival Caymmi - iniciada nos anos 40 com a gravação de discos de 78 rotações por minuto:

* Canções Praieiras - 1954
* Sambas de Caymmi (capa acima) - 1955
* Caymmi e o Mar - 1957
* Eu Vou pra Maracangalha - 1957
* Ary Caymmi - Dorival Barroso - Um Interpreta o Outro - 1958
(com Ary Barroso)
* Caymmi e seu Violão - 1959

* Eu Não Tenho Onde Morar - 1960
* Caymmi Visita Tom e Leva seus Filhos Nana, Dori e Danilo - 1964 (com Tom Jobim)
* Caymmi and the Girls from Bahia (com Quarteto em Cy) - 1965
* Vinicius / Caymmi no Zum Zum (com Vinicius de Moraes) - 1967
* Caymmi - 1972
* Caymmi Também É de Ranho - 1973
* Caymmi 70 Anos - 1984
* Caymmi - 1985
* Caymmi's Grandes Amigos - 1986 (com Danilo, Dori e Nana Caymmi)
* Família Caymmi - Dori, Nana, Danilo e Dorival Caymmi - 1987 (com Danilo, Dori e Nana Caymmi)
* Família Caymmi em Montreux - 1991 (com Danilo, Dori e Nana Caymmi)

Sai de cena Caymmi, gênio atemporal da MPB

Dorival Caymmi - o Buda Nagô, na definição muito apropriada de Gilberto Gil - não sai de cena com sua morte, ocorrida na manhã deste triste sábado, 16 de agosto de 2008. Em seus 94 anos de vida, Caymmi deixa como herança obra sem paralelos na música popular brasileira. Obra relativamente pequena (cerca de 120 músicas) para sua longa trajetória, mas de uma grandeza ímpar e imensurável que vai manter vivo, ao longo dos tempos, seu autor, nascido em Salvador, na sua amada Bahia, em 30 de abril de 1914. Sem se inserir em nenhuma corrente da música brasileira, a música de Dorival Caymmi - nascida na segunda metade nos anos 20, com a composição de tosca toada intitulada No Sertão - constitui um gênero por si só. Sua obra pode ser dividida em três vertentes: as canções praieiras, os sambas buliçosos cheio de requebros e os sambas-canções. Estes brotaram com mais assiduidade a partir dos anos 40, quando Caymmi já estava ambientado no Rio de Janeiro da fase pré-Bossa Nova. Mas, já em 1932, o compositor criava Adeus, seu primeiro samba-canção, antecipando o apego ao gênero quando veio para o Rio, em 1938. Toda a obra de Dorival Caymmi prima pelo requinte e exala uma modernidade que já estava em intuitiva sintonia com as conquistas estilísticas da bossa hoje cinqüentenária (não por acaso, João Gilberto sempre cantou os sambas do autor de Saudade da Bahia e Samba da Minha Terra). Mas requinte, no caso de Caymmi, nunca foi sinônimo de rebuscamento. Seu cancioneiro ostenta a simplicidade sofisticada somente alcançada pelos gênios. Dentro desta obra atemporal, os temas praieiros são especialmente originais com suas imagens poéticas que descrevem todo o encanto do mar através de versos minimalistas, exatos. São nas canções praieiras que a voz grave de Caymmi - doce e profunda como o próprio mar - se revela mais sedutora, carregada de aura de ancestralidade que confere ao compositor baiano um status de quase divindade. São nas canções marinhas que o violão de Caymmi - aprendido na juventude de forma autodidata - se revela especialmente inventivo. Em O Mar, uma das várias obras-primas do compositor no gênero, tal violão parece reproduzir o movimento sinuoso da maré. Coisa de gênio...

Blog Notas Musicais
- Por Mauro Ferreira

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mais 22 emissoras se associam a ABERT


A ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) recebe nos seu quadro de associados mais 22 emissoras. Nosso destaque vai para Rádio Cumbica AM (1.500 kHz - Guarulhos/SP).

Com estas novas associadas a entidade reforça seu compromisso de representar e defender os interesses da radiodifusão brasileira. Conheça as emissoras associadas durante o mês de julho:

- Rádio Regional do Araguaia - Conceição do Araguaia/PA
- 93 FM - Barbacena/MG
- Rádio Cumbica - Guarulhos/SP
- Rádio Máxima FM - Bom Despacho/MG
- Rádio Correio da Serra - Barbacena/MG
- Rádio Ouro Verde - São Sebastião do Paraíso/MG
- Nova Salvador FM - Salvador/BA
- Rádio Clube Tanabi - Tanabi/SP
- Rádio Central - Ponta Grossa/PR
- Clube AM - Lins/SP
- Clube FM - Lins/SP
- Cidade FM - Andradina/SP
- Rádio Andradina - Andradina/SP
- Clube FM - Pereira Barreto/SP
- Cidade FM - Três Lagoas/MS
- Rádio Itapema FM de Caxias do Sul - Caxias do Sul/RS
- AM Capital - Campo Grande/MS
- FM Capital - Campo Grande/MS
- Rádio Camboriú - Balneário do Camboriú/SC
- Rede Mensagem - Ivoti/RS
- Rádio Progresso - Monte Santo de Minas/MG
- Central FM - Mombaça/CE

Sobre a RÁDIO CUMBICA, o site da emissora informa que a transmissão é feita com equipamentos de última geração e antenas em excelentes localizações, tendo sua programação transmitida via Internet para todo o mundo através do site abaixo no link "AO VIVO".

Visite: www.radiocumbica.com.br/tecnica.htm


FONTE: ABERT
Colaboração: Emilcio Rogério Zuliani

Emissoras FM mais ouvidas em São Paulo


Deu no Tudo Rádio, de Daniel Starck. Divulgado o mais recente resultado de audiência em São Paulo, dados do Instituto Ibope, maio a julho, todos os dias, 0h às 24h.

Na pesquisa a Tupi FM (104.1) mantém a liderança geral, seguida de perto pela sua principal concorrente, a Nativa FM (95.3). A diferença entre as duas Rádios permanece praticamente a mesma em relação ao ranking do período passado, porém ambas cresceram na média de ouvintes por minuto, auxiliadas pela queda de uma de suas concorrentes, a Transcontinental FM (104.7).

Entre as Rádios jovens a Mix FM (106.3) retomou o crescimento. A emissora completa dois anos na liderança jovem de São Paulo e passa a ocupar novamente a terceira posição geral em audiência. Outra Rádio que subiu foi a Metropolitana FM (98.5), emissora que encostou na 89 FM (89.1). A 89, quinta geral, apresentou uma queda no seu número de ouvintes, deixando a Rádio mais distante da primeira colocada. Outra emissora que perdeu ouvintes na atual pesquisa foi a Jovem Pan 2 FM (100.9), rede que segue na décima posição geral.

Ainda sobre as 10 mais ouvidas de São Paulo, a popular Gazeta FM (88.1) melhorou seu índice de audiência ganhando duas posições no ranking geral. Outra emissora que mantém uma marca expressiva é a adulta Alpha FM (101.7), Rádio que segue entre as “dez mais” e está distante de suas principais concorrentes, as Rádios Nova Brasil FM (89.7) e Antena 1 FM (94.7). A evangélica Vida FM (96.5) salta na pesquisa, recuperando posições importantes.

A Band FM (96.1), Rádio que recentemente retornou ao gênero popular de programação, obteve uma melhora tímida na sua média de ouvintes por minuto, dando sinais de uma possível reação para as próximas pesquisas. As jovens Energia 97 FM (97.7) e Transamérica Pop FM (100.1) perderam ouvintes em relação à pesquisa anterior. A Oi FM (94.1) não aparece no ranking (o período de amostragem da pesquisa é anterior a inauguração da Rádio em São Paulo). O mesmo ocorre com a Mitsubishi FM (92.5).

Confira as posições:

01 – Tupi FM 104.1
02 – Nativa FM 95.4
03 – Mix FM 106.3
04 – Transcontinental FM 104.7
05 – 89 FM 89.1
06 – Metropolitana FM 98.5
07 – Gazeta FM 88.1
08 – 105 FM 105.1
09 – Alpha FM 101.7
10 – Jovem Pan 2 FM 100.9
11 – Band FM 96.1
12 – Nova Brasil FM 89.7
13 – Kiss FM 102.1
14 – Antena 1 FM 94.7
15 – Tropical FM 107.9
16 – CBN FM 90.5
17 – Rede Aleluia FM 99.3
18 – Vida FM 96.5
19 – Energia 97 FM 97.7
20 – Nossa Rádio FM 91.3
21 – Transamérica FM 100.1
22 – Imprensa FM 102.5
23 – Bandeirantes FM 90.9
24 – Musical FM 105.7
25 – Bandnews FM 96.9
26 – Terra FM 98.1
27 – Eldorado FM 92.9
28 – Atual FM 94.1
29 – 107 FM 107.3
30 – Cultura FM 103.3
31 – Deus é Amor FM 97.3
32 – Mundial FM 95.7
33 – SulAmérica Trânsito FM 92.1
34 – USP FM 93.7
35 – Scalla FM
36 – Ômega FM 106.9
37 – Apollo FM 100.5

FONTE: Tudo Rádio

MPBaby Clube da Esquina

Um dos capítulos marcantes da história da música brasileira pós-1950 passa pela esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis, em Belo Horizonte, onde, nos anos 1960, se reuniam amigos para cantar e tocar violão. De encontros como esse – que agregavam nomes como Milton Nascimento, Wagner Tiso, Fernando Brant, Toninho Horta, os irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô) e Beto Guedes -, nasceram os discos Clube da Esquina (1972) e Clube da Esquina 2 (1978), que revelou obras-primas influenciadas por Beatles, bossa nova, ritmos folclóricos, choro, jazz e rock progressivo. Fã desta música original, poética e moderna, o pianista André Mehmari - que já havia gravado o MPBaby Beatles - arranjou e interpretou 12 composições destes álbuns antológicos e duas do disco Milton, de 1970. Do Clube da Esquina lançado em 1972, da famosa capa dos dois garotos sentados foram pinçados os sucessos Paisagem da Janela (“Da janela lateral do quarto de dormir / Vejo uma igreja, um sinal de glória”), Um Girassol da Cor de seu Cabelo (“Vento solar, estrelas do mar / A terra azul da cor do seu vestido”), Cravo e Canela (“Ê morena quem temperou / Cigana quem temperou / O cheiro do cravo”), San Vicente, Clube da Esquina 2, Tudo que Você Podia Ser e Trem Azul. Do disco de 1978, outros clássicos: Canoa, Canoa, Nascente, E Daí, Olho D’Água e Paixão e Fé. E graças à unidade estética com os dois Clube da Esquina, do álbum Milton André Mehmari selecionou as músicas Durango Kid e Clube da Esquina. A arte gráfica deste MPBaby, assinada por Cintia Viana e Murilo Silva, transportou seus personagens para os cenários das capas originais. Como todos os produtos da coleção, MPBaby Clube da Esquina traz as letras das músicas e um pequeno guia de atividades pedagógicas. As ilustrações do encarte ambientam os personagens MPBaby nos mesmos cenários das capas originais dos discos Clube da Esquina (1972 e 1978). MPBaby Clube da Esquina é uma homenagem para todos que cantaram e cantam o Brasil.

Music News - Por Manoel Carlos Jr.

DVD Sinfonia da Natureza - Brazilian Landscapes Marcus Viana e Haroldo Palo Jr

Sinfonia da Natureza mostra imagens de diversos biossistemas brasileiros como a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal, a região do cerrado e litoral através do olhar de Haroldo Palo Jr, um dos mais importantes fotógrafos de natureza do Brasil, embaladas pela inspiradora e relaxante música de Marcus Viana. São imagens espetaculares em que são destacadas a fauna e a flora de cada região mostrada. Um trabalho importante na divulgação das belezas naturais de nosso país e que ressalta a necessidade de preservação dessa biodiversidade.

Assista aqui a um trecho do dvd (formato wmv)

Music News - Por Assessoria

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Mônica Salmaso, a técnica e a emoção - Biscoito Fino

Muito já se falou sobre a técnica impecável de Mônica Salmaso em contraponto a uma certa frieza, falta de emoção. Eu mesmo já abordei o assunto. Mas não há como deixar de se render ao talento de moça. Ela está, inegavelmente, mais solta, como prova este seu primeiro DVD, gravado ao vivo no Teatro Fecap, São Paulo, com repertório do álbum Noites de Gala, Samba na Rua (Biscoito Fino, 2007), que foi indicado ao Grammy Latino. Acompanhada pelo grupo Pau Brasil - Nelson Ayres (piano), Teco Cardoso (saxofones, flautas), Paulo Bellinati (violões), Rodolfo Stroeter (baixos acústico e elétrico), Ricardo Mosca (bateria) - Mônica Salmaso esbanja simpatia e emoção ao abordar, de modo extremamente delicado, o cancioneiro buarqueano. Entre as canções, A Volta do Boêmio, Ciranda da Bailarina, Suburbano Coração, Basta Um Dia, Morena Dos Olhos D'Água e Beatriz. Nos estras, entrevista com a cantora, número especial em que ela apresenta os músicos do Pau Brasil, e um relato curioso sobre a Ode Aos Ratos, canção do musical Cambaio. Terno, bonito e envolvente.
Sites oficiais: http://www.monicasalmaso.mus.br e www.grupopaubrasil.com

Blog Acordes - Por Toninho Spessoto

Compositor e violonista Mario Gil lança seu 3º CD ‘Comunhão’

O CD conta com as participações de Mônica Salmaso, Renato Braz e Luciana Alves e parcerias com Paulo César Pinheiro, Rodolfo Stroeter e Zeca Ferreira “O título do disco nasceu a partir do nome de uma das músicas, que fala do casamento entre duas pessoas de universos completamente diferentes. Uma analogia interessante com o que penso do ato de fazer música. Ou seja, a comunhão de idéias, influências e pessoas.” É assim que o compositor, violonista e cantor Mario Gil define seu terceiro CD Comunhão (www.tratore.com.br), patrocinado pela Petrobras, após ser selecionado no Programa Petrobras Cultural edição 2004/2005, na categoria ‘produção musical contemporânea’. O disco tem 12 faixas que se dividem em ritmos como toada, baião, canção e frevo e, na maioria delas, pontua o violão de Gil, suave ou suingado, apoiando melodias que nos remetem a um Brasil interior e profundo. Essa profundidade é acentuada, por exemplo, em Caruana e Mestre Capiba, ambas com letras do carioca Paulo Cesar Pinheiro, autor de grandes sucessos da nossa música e parceiro constante, que é descrito assim por Mario Gil: “Paulo está entre os criadores que mais admiro. A cada nova canção continuo me orgulhando de trabalhar com ele e isso tem a ver com a generosidade com que ele pensa e realiza a música, diz Mario Gil”.

Music News - Por Vilma Fernandes

O Mago da Gaita - Prestige/Sky Blue Music

O gaiteiro gaúcho Renato Borghetti atualmente tem carreira muito mais consistente no Exterior, infelizmente. É nome pouco difundido por aqui. Craque da gaita-ponto (ou acordeon), Borghettinho leva para o mundo as tradições musicais do Rio Grande do Sul. Este CD foi feito especialmente para o mercado europeu em 1994 e lançado pela gravadora inglesa Prestige. Ganha agora edição nacional. Gravado em Porto Alegre, traz o músico recriando clássicos da música dos Pampas, melodias latinas e até a Cantilena, aria das Bachianas Brasileiras no. 5, de Heitor Villa-Lobos. Entre os temas, Milonga Para As Missões (de Gilberto Monteiro), El Choclo (Angel Villoldo), Pantaneiro (Renato Borghetti/Hilton Vaccari) e Vira Virou (da dupla Kleiton & Kledir), esta com participação de Kleiton Ramil ao violino. Belo disco.

Blog Acordes - Por Toninho Spessoto

Estão abertas as inscrições para o Festival da 2ª Semana da Canção Brasileira em São Luiz do Paraitinga

A Segunda Semana da Canção Brasileira tem como objetivo aprofundar todos os temas abordados em sua primeira edição, ou seja, a Educação Musical no Brasil, História da Música Popular e a Poesia na Canção. Através de cursos, oficinas, debates, aulas e shows, a Segunda Semana continua a provocar a reflexão e o olhar crítico sobre a canção popular brasileira. Afinal, é esta canção que nos une, que nos define, que nos acompanha e faz com que nos reconheçamos mundo afora. Cantigas de ninar, de roda, de festar. Canção que entoamos em família. O pai que sabe tocar violão. A mãe que sabe marchinhas e serestas. A roda de adolescentes à beira mar. Os amigos em volta da fogueira... As festas de largo. Os bailes, os forrós, os arrasta-pés, os fandangos, os shows. Os grandes compositores que fazem parte de nossas vidas. Nós, brasileiros, sabemos onde mora nossa música. Na memória, no afeto, na celebração. Não por acaso, comemorar significa "lembrar junto". Nosso repertório coletivo de canções forma um tecido raro dentro do mundo, e é reconhecido por sua singularidade e diversidade. E é através do conhecimento e do pensamento sobre nossa cultura musical que podemos crescer cada vez mais. Neste sentido, a cidade de São Luiz do Paraitinga é a mais perfeita tradução do que seria um ideal de criatividade musical, quando promove e brinca seu carnaval e suas festas tradicionais. Portanto, mais uma vez a produção da Semana e eu convidamos todos para comemorar esta festa de Música Popular Brasileira.

Music News - Por Lili Molina - Texto Suzana Salles

Confira as vocalistas mais roqueiras da história

SÃO PAULO - Quem disse que rock é coisa de menino? Desde os primórdios desse estilo musical, as meninas já marcavam presença nos palcos, empunhavam guitarras e soltavam a voz. Confira nossa seleção com as vocalistas mais roqueiras da história:

- As Clássicas:

Debbie Herry - Liderando a banda de new wave Blondie no final dos anos 70, foi ela quem provou que as mulheres podem ser tão roqueiras quanto os homens. Ícone de beleza e estilo, Debbie é tida por milhares de fãs e admiradores como "rainha do underground". Seu visual na época da banda - com cabelos platinados, shorts curtíssimos, jeans rasgados e t-shirts justas - ainda é copiado.

Patti Smith - Conhecida como a "poetisa do punk", Patti trouxe para esse gênero musical um lado mais feminista e intelectual. Com um discurso sempre afiado e sem "papas na língua", é reconhecida como uma das mulheres mais importantes do rock n'roll. Sua música influênciou grupos como Talking Heads, R.E.M, Smiths, entre muitos outros.

Kate Pierson e Cindy Wilson - A dupla de vocalistas da banda B-52's fez escola nos anos 80. Com suas perucas enormes e coloridas e seus vestidos inusitados, Kate Pierson e Cindy Wilson deram origem à febre que foi o estilo new wave, com muita alegria e originalidade nas músicas e também nas roupas. Influenciaram, entre tantos, as vocalistas da banda brasileira Blitz.

- As modernas:

Courtney Love - Uma das faces mais características do rock nos anos 90, Courtney Love e sua banda de punk rock Hole fizeram com que o sonho de milhares de adolescentes da época fosse ser uma estrela do rock. Suas letras são irreverentes e abordam temas femininos. Seu estilo, que misturava vestidos românticos com maquiagem pálida e carregada, é um marco da década passada.

Amy Lee - Com carinha de anjo e voz de cantora clássica, Amy Lee é considerada o rosto da banda de heavy metal Evanescence e é ídolo de legiões de metaleiras e metaleiros. Seu visual gótico e delicado é moda entre os amantes do gênero.

Hayley Williams - Frontwoman do grupo de emocore americano Paramore, Hayley Williams é o modelo da nova geração de adolescentes que curtem rock n'roll. Seu cabelo colorido e seu jeito de se vestir - carcaterísticos do estilo emo - influenciam milhares de meninas do mundo todo.

- As brasileiras:

Rita Lee - Primeira-dama do rock brasileiro, Rita Lee ficou conhecida no final dos anos 60, quando cantava e tocava na banda de rock psicodélico Os Mutantes, ao lado de Sérgio Dias e Arnaldo Baptista. De lá para cá são mais de 40 anos de carreira, inúmeros hits e muito rock n'roll. Atualmente o cabelo vermelho intenso e os óculos de lentes redondas e coloridas são marca registrada da cantora.

LoveFoxxx - Luísa Hanaê Matsushita, mais conhecida como Luísa LoveFoxxx ou simplesmente Lovefoxxx, é vocalista da banda paulista Cansei de Ser Sexy. A sonoridade inovadora do grupo e as performances inigualáveis de LoveFoxxx fizeram com que a CSS fizesse sucesso mundial, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. O estilo da moça - que mescla roupas chamativas em tons neon, peças de brechó e referências aos anos 80 e 90 - viraram moda nas ruas das maiores metrópoles mundiais.

Pitty - Um dos maiores nomes do rock nacional da atualidade é de uma mulher. Priscilla Novais Leone, a Pitty, é referência para os adolescentes roqueiros. Meninas usando os mesmos vestidos pretos, coturnos e maquiagem carregada da cantora são figuras fáceis de se encontrar em qualquer festinha.

Jornal do Brasil - Por Terra