segunda-feira, 21 de julho de 2008

Audiência das emissoras AM em São Paulo

Dados obtidos através do cruzamento de informações das agências de publicidade e emissoras de Rádio.

Ranking geral
Trimestre: Abril, Maio e Junho de 2008
De "segunda a sexta-feira", das 06h00 às 19h00.

Confira abaixo o ranking das emissoras AM mais ouvidas em São Paulo:

EMISSORAS AM

%

Ouvintes por minuto

01) GLOBO AM

1,05

165.809,00

02) CAPITAL AM

0,66

103.710,00

03) BANDEIRANTES AM

0,30

47.431,00

04) JOVEM PAN AM

0,27

42.220,00

05) TUPI AM

0,20

31.221,00

06) RECORD AM

0,17

27.462,00

07) CBN AM

0,15

24.015,00

08) 9 DE JULHO CATÓLICA AM

0,11

17.121,00

09) AMÉRICA AM

0,09

14.414,00

10) BOA NOVA AM

0,08

11.847,00

11) IMACULADA CONCEIÇÃO AM

0,07


12) NACIONAL GOSPEL AM

0,06


13) ELDORADO AM

0,06


14) TERRA – AM

0,05


15) GAZETA AM

0,03


16) MORADA DO SOL AM

0,03


17) MUNDIAL AM

0,02


18) METROPOLITANA AM

0,02


19) TRIANON AM

0,02


20) CULTURA AM

0,02


21) SÃO PAULO AM

0,02


22) SUPER REDE BOA VONTADE AM

0,01


23) DACIDADE DE SP AM

0,01


24) NOVA DIFUSORA AM

0,01


25) UNIVERSO AM

0,01


26) ABC AM

0,00


27) MOGI NEWS – AM

0,00



Fonte: Bastidores do Rádio

Lenine apresenta 11 inéditas no álbum 'Labiata'

Lenine vai apresentar 11 músicas inéditas - compostas com parceiros como Braulio Tavares, Carlos Rennó, Dudu Falcão, Lula Queiroga e Paulo César Pinheiro, entre outros - em seu sexto álbum solo, Labiata, o primeiro de repertório inédito desde Falange Canibal, de 2002. O disco foi finalizado na Inglaterra, no estúdio de Peter Gabriel, Real World. Gravado com patrocínio do projeto Natura Musical, o CD Labiata - cujo título alude a um tipo nordestino de orquídea, tipo de flor pela qual o compositor é apaixonado - vai chegar às lojas em setembro e marca o retorno de Lenine à companhia hoje denominada Universal Music, 25 anos depois da edição de Baque Solto, disco de 1983, dividido pelo artista com Lula Queiroga. Na foto de divulgação, clicada por Kélita Myra, Lenine posa durante a assinatura do contrato com a Universal Music, ladeado pela empresária Leninha Brandão e por José Antonio Éboli, o presidente da filial brasileira da companhia.

Blog Notas Musicais - Por Mauro Ferreira

De grátis: Os Cabinha e Teatro Mágico

Dois novos e pouco ortodoxos exemplos de comércio cultural (musical) estão disponíveis gratuitamente na rede. De um lado, cinco moleques entre 9 e 11 anos de Nova Olinda (CE), crias da Fundação Casa Grande, uma escola de gestão cultural na região do Cariri, extremo sul do Estado, coordenada por Alemberg Quindins. E do mesmo lado, a trupe do Teatro Mágico, fenômeno independente paulistano que espalhou seu espetáculo circense e musical através de shows e internet. Mais detalhes, logo abaixo: >> Os Cabinha são Rodrigo Alves, Renê Nascimento, José Wilson, Arthur Diniz e Iêdo Lopes e são apenas uma parte da Fundação Casa Grande. Foi lá que se formou o quinteto, no qual uma parte faz percussão em lata, enquanto outra empunha guitarras e contrabaixo de madeira e “tocam” os instrumentos com a boca. Som maluco que vem acompanhado de letras gaiatas e/ou de duplo sentido como “Fui para a escola / Encontrei com as meninas / Que me chamaram pra tomar um aguão / No bar do meu tio gordão / Gordão / Gordão” (de “Tio gordão”, já um clássico). Na mesma esteira de um legítimo rock’n’roll moleque surgem outras pedradas como “Noite de Lua”, “Escutei uma zuada”, “O mosquito” (com referências diretas a Raul Seixas) e “Eu vou”. O disco Os Cabinha (independente, 2008) está disponível para download gratuito no Overmundo e na Trama Virtual e foi gravado no próprio estúdio da fundação. Fisicamente, o disco com tecnologia SMD será lançado no segundo semestre e será vendido a R$ 5,00 em máquinas da ONG Eletrocooperativa como parte do projeto Música livre e comércio justo. Já ia esquecendo, Os Cabinha foram recentemente selecionados pelo projeto Rumos do Itaú Cultural. >> Fernando Anitelli, o homem por trás e à frente do sucesso do Teatro Mágico, conseguiu vender mais de 85 mil cópias do disco de estréia do grupo, Entrada para raros (independente, 2005), apenas em shows. O paulista de Presidente Prudente, criado no entanto em Osasco, fez destes shows uma experiência de forte apelo musical/visual para adolescentes e jovens universitários que acabaram espalhando a fama do Teatro em um intenso boca-a-boca virtual. A mistura de mpb e pop, com letras engajadas e intervenções circenses (apenas nos shows, claro), volta com força total em Segundo ato (independente, 2008), disponível para download gratuito no Trama Virtual.

Gafieiras - Por Dafne Sampaio

Disco em espanhol de 'El Rey' sai em 28 de julho

Após (sucessivos) adiamentos, o CD ao vivo em espanhol de Roberto Carlos tem enfim seu lançamento confirmado para 28 de julho de 2008 - data em que chegará às lojas do Brasil (no exterior, o disco vai sair em agosto). Roberto Carlos en Vivo foi gravado em dois shows feitos pelo Rei em 24 e 25 de maio de 2007 na Ziff Opera House, casa situada dentro do complexo Carnival Center for the Performing Arts, em Miami (EUA). Das 17 faixas do disco, duas são cantadas em português: Acróstico - tema feito pelo cantor em tributo à sua mulher Maria Rita, morta em 1999 - e O Calhambeque. Roberto interpreta músicas como Desabafo e A Distância nas versões em espanhol criadas pela dupla Buddy & Mary McCluskey com base nas letras originais em português. O repertório é formado basicamente por músicas exaustivamente cantadas por Roberto em suas apresentações nacionais (Detalhes, Emoções, Proposta, Jesus Cristo, Café da Manhã), mas traz duas músicas atípicas nos roteiros dos shows brasileiros do artista: El Dia que me Quieras (o tango de Carlos Gardel que Roberto transformou em bolero na gravação feita para seu álbum nacional de 1973 que acabou intitulando o similar disco em castelhano editado no ano seguinte) e, sobretudo, Un Gato en la Oscuridad, grande sucesso de El Rey nos países de língua hispânica. Trata-se da versão em espanhol de Un Gatto nel Blu, música italiana que projetou Roberto na Itália. O DVD vai ser editado até o fim do ano.

Blog Notas Musicais - Por Mauro Ferreira

Dois livros apresentam visões diferentes da cantora Madonna

RIO - Prestes a completar 50 anos (em 16 de agosto) e com shows confirmados no Brasil em dezembro – que incluem apresentações no Maracanã nos dias 13 e 14 – Madonna acumula mais de 20 biografias ao longo de seus 25 anos de carreira e 275 milhões de discos vendidos. Não faltam livros tentando explicar a mulher por trás dos grandiosos números. Os dois mais recentes estão causando barulho – o que, no fim das contas, sempre acontece quando se trata de Madonna. Apenas um tem lançamento previsto para 2008 no Brasil. Publicado em setembro do ano passado nos Estados Unidos, Madonna: 50 anos de um ícone (Nova Fronteira, R$ 59,90), da jornalista Lucy O'Brien, chega ao país no mês que vem, na Bienal de São Paulo, com tiragem de 30 mil cópias. Apesar de ser uma biografia não-autorizada, recebeu o aval da estrela, que não reclamou das informações. Já o polêmico Life with my sister Madonna, escrito por seu irmão, o decorador de interiores e diretor de vídeos Christopher Ciccone, de 47 anos, e anunciado com estardalhaço mundo afora (350 mil edições da tiragem inicial), teria sido comprado por uma editora brasileira – mas não tem data confirmada de lançamento por aqui. Enquanto o relato de Ciccone aborda supostos fatos sombrios da irmã, a biografia de O'Brien pega leve e praticamente estende o tapete para o brilho de Madonna desfilar sem preocupações. – Você pode olhar a Madonna como ícone ou como escândalo. O livro enxerga a Madonna como um modelo de sucesso: amado e querido. É um livro lado A, não é lado B – atesta Mauro Palermo, diretor executivo da Nova Fronteira. – Tentamos encaixar o lançamento com o aniversário dela, e não é sempre que lançamos simultaneamente com os originais. A Madonna já tem uma biografia lançada há mais de 10 anos no Brasil, mas essa é a mais completa já escrita, até porque é a última. Não vimos sentido em lançar outras. A autora da biografia lado A é do meio: já se aventurou em outros retratos de figuras fetiches do pop, como Dusty Springfield e Annie Lennox – e também foi integrante de da banda punk feminina The Catholic Girls, em atividade nos anos 70. "She bop: a enciclopédia definitiva das mulheres no pop, rock & soul", um de seus livros mais conhecidos, investiga o papel das mulheres na formação da indústria musical, desde o vaudeville à era MTV, com clipes de ícones como Cyndi Lauper, que cede o título de uma de suas músicas para a obra.

Jornal do Brasil - Por Bolívar Torres e Bráulio Lorentz, Jornal do Brasil

Oasis lança 'Dig out your Soul' em 6 de outubro

Com capa (foto ao lado) assinada pelo artista plástico britânico Julian House, o próximo álbum do Oasis, Dig out your Soul, tem lançamento mundial agendado para 6 de outubro de 2008. Já o primeiro single do álbum, The Shock of the Lightning, vai ser lançado uma semana antes, em 29 de setembro. O disco vai ser editado pelo selo da banda, Big Brother Recordings. Gravado no lendário estúdio Abbey Road, em Londres, Dig out your Soul foi produzido por Dave Sardy, que pilotou o álbum anterior do grupo, Don't Believe the Truth (2005). Eis as 10 faixas do CD:

1. Bag It up 2. The Turning 3. Waiting for the Rapture 4. The Shock of Lightning 5. I'm Outta Time 6. (Get Off your) High Horse Lady 7. Falling Down 8. To Be Where There's Life 9. Ain't Got Nothin' 10. The Nature of Reality

>>Leia Mais

Blog Notas Musicais - Por Mauro Ferreira

Chitãozinho & Xororó e Fresno apresentam estilo “sertanemo” no Estúdio Coca-Cola Zero

Em 2008, o Estúdio Coca-Cola Zero estressa mais a mistura de estilos em uma série de quatro programas. Neste terceiro encontro, que irá ao ar na MTV sexta, dia 18/7, às 20h30, as diferenças não estão somente no estilo musical, mas também no tempo de estrada de cada um dos artistas. A Coca-Cola Zero coloca para conviver lado-a-lado a dupla sertaneja que consolidou a popularização do gênero, Chitãozinho & Xororó, com os quatro integrantes da banda Fresno, que foi projetada para o Brasil todo via Internet. No primeiro programa da série, chamado “Troca de Balada”, o fã de Chitãozinho & Xororó sai do interior de São Paulo diretamente para a capital, onde se encontra com o fã paulistano da Fresno. Cada um deles experimenta as baladas do outro, com direito a passeios a cavalo, ao fliperama e, é claro, aos shows de Chitãozinho & Xororó e da banda Fresno. O segundo programa da série é o “Diário de Bordo”, também com meia hora de duração. O programa acompanha um dia na vida de cada um dos artistas e mostra, a partir daí, o que eles têm de diferente. Os artistas ainda não se encontraram para os ensaios e show do Estúdio Coca-Cola Zero, mas estudam pela primeira vez a música do outro. “Videografia” é o terceiro programa da série e coloca o expectador cada vez mais próximo do ambiente musical do show. Chitãozinho & Xororó e os membros da banda Fresno aparecem juntos pela primeira vez. Eles se encontram para uma conversa sobre vida e carreira no palco do Estúdio Coca-Cola Zero. O papo é ilustrado por clipes, vídeos e fotos da vida de cada um. O programa tem meia hora de duração. Na quarta semana da série, chega o grande momento. Um encontro aparentemente sem lógica alguma, uma mistura de rock e música sertaneja: Chitãozinho & Xororó e Fresno juntos no palco. Com quase nada em comum, eles encaram o desafio de tocar juntos. O programa Estúdio Coca-Cola Zero mostra o que aconteceu nos quatro dias de ensaio e o show, gravado em um estúdio de São Paulo. Estúdio Coca-Cola Zero tem uma hora de duração. No repertório do show, Na Aba do Meu Chapéu e Polo, entre outros sucessos.

Estúdio Coca-Cola Zero
Chitãozinho & Xororó e a banda Fresno Começa sexta-feira, dia 18/7, às 20h30 Reprises: Domingos, às 15h

Music News - Por Juliana Leite

SABONETES "Descontrolada"

A banda curitibana Sabonetes acaba de lançar de forma independente seu primeiro EP, que traz três músicas: "Desontrolada", que dá nome ao CD, "Quando ela tira o vestido" e "Hora de partir". O EP foi produzido por Tomás Magno, que já trabalhou com Barão Vermelho e Skank, entre outros artistas. A banda mostra capricho também na apresentação do CD, envolto em uma bem resolvida embalagem de papel. As três músicas do EP apresentam um rock atual, com batidas dançantes e sonoridade mais melódica. Criado em 2004 pelos amigos de faculdade Arthur Roman (vocal e guitarra), Wonder Bettim (vocal e guitarra), Samuel Oh (baixo) e Alexandre Cajá (bateria), o quarteto pretende gravar o primeiro álbum no final deste ano.

UOL - Por Danielle Noronha

Padre Marcelo Rossi é o popstar em venda de CDs

Padre Marcelo Rossi ainda continua em primeiro lugar na parada de vendas com o CD “Paz Sim, Violência Não - Vol 1”, seguido por Ivete Sangalo – “Ivete no Maracanã - Multishow Ao Vivo (MusicPac)” - Coldplay - "Viva La Vida Or Death And All His Friends" e Nx Zero – “Agora”

Clique aqui e veja o TOP 50 CD.

Ana Carolina lidera em DVDs

Ana Carolina também continua em primeiro lugar na parada de vendas com o DVD “Multishow Ao Vivo Ana Carolina - Dois Quartos” , seguido por Paralamas do Sucesso e Titãs “Ao Vivo” e Alexandre Pires “Em casa – Ao Vivo”.

Clique aqui e veja o TOP 20 DVD.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Marquinhos de Oswaldo Cruz, Monarco e Tia Surica

Turma de bambas da Portela, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Monarco e Tia Surica fazem reverência ao samba de raiz da Azul e Branco em show nos dias 11 e 12 de julho, sexta e sábado, às 21 horas, na Choperia do SESC Pompéia. O trio de sambistas prepara repertório de composições de portelenses que fazem e fizeram sucesso, como Tudo menos Amor, Você foi um atraso no meu caminho e Geografia Popular. Tia Surica mostra aos paulistanos um pouco do que rola no famoso Cafofo da Surica, casa da sambista, onde acontece uma das rodas de samba mais comentadas do bairro carioca de Oswaldo Cruz. Tia Surica recicla outros portelenses de raiz, como Casquinha (Amor interesseiro) e Jair do Cavaquinho (Você foi um atraso em meu caminho). Membro mais jovem da Velha Guarda da Portela, Monarco é autor de músicas que foram sucessos nas vozes de Martinho da Vila (Tudo menos Amor), Paulinho da Viola (Passado de Glória) e Clara Nunes (Rancho da Primavera). Sua música exibe a forma tradicional dos autênticos sambas de terreiro. No repertório, constam músicas autorais como Quitandeiro, Tudo Menos Amor, O Lenço, Passado de Glória e Vai Vadiar. O bairro de Oswaldo Cruz será bem representado não só pela Velha Guarda da Portela, mas também pelo agitador cultural Marcos Sampaio, que adotou o berço da Escola como sobrenome artístico. Criador do partido alto Geografia Popular, hit regravado por Beth Carvalho, Marquinhos de Oswaldo Cruz cavou suas raízes no samba com a canção citada. O registro, que, além de conter sua música mais popular e outras autorais, também faz reverências aos grandes mestres da Portela, como Manacéa e Mijinha.

SESC POMPÉIA Rua Clélia, 93. Telefone – 3871-7700

Music News - Por Arte Plural

Coletânea reúne gravações dispersas de Alcione

Quatro anos depois da edição do CD Alcione e Amigos, coletânea da BMG que reuniu 14 duetos da Marrom, a Som Livre põe nas lojas outra compilação da cantora. Desta vez, na série Raridades. Há faixas recorrentes nas duas seleções - casos dos duetos de Alcione com Ana Carolina (Violão e Voz) e com Roberto Ribeiro (Mel pra minha Dor) - e os registros não são tão raros como apregoa o título da coletânea, mas Alcione Raridades tem o mérito de agrupar 14 fonogramas gravados pela artista fora de sua discografia oficial - em sua maioria, como convidada dos CDs de artistas como Michael Sullivan e Exaltasamba.

Blog Notas Musicais - Por Mauro Ferreira

AGNOSTIC FRONT "Warriors"

Uma das bandas mais influentes do hardcore, o grupo norte-americano Agnostic Front renova o vigor do gênero em "Warriors". Em seu novo álbum, a atual formação da banda criada em 1982 mostra disposição de novato em quatorze faixas, que fazem jus à crueza sonora de seus álbuns clássicos como "Victim In Pain" (1984), "Cause For Alarm" (1986), "Live at the CBGB" (1989) e "Last Warning" (1993). Ainda que a mistura de punk e hardcore com generosas doses de metal do quinteto atualmente formado por Roger Miret (voz), Vinnie Stigma (guitarra), Mike Gallo (baixo), Joseph James (guitarra) e Steve Gallo (bateria) possa soar datada para ouvidos mais exigentes, os aproximadamente 33 minutos de "Warriors" reforçam o apelo agressivo de seu som. Temas como "Addiction", "Change Your Ways", "For My Family", "Revenge" e "By My Side" retratam devidamente o vocabulário e modo operante dos guetos nova-iorquinos, onde a banda foi originada. Neste álbum, tanto quanto em lançamentos anteriores como "Riot, Riot, Upstart" (1999), "Dead Yuppies" (2001) e "Another Voice" (2005), o Agnostic Front ainda impressiona pelo vigor e longevidade de sua música, aprimorada a cada novo trabalho autoral.

UOL - Por Marcus Marçal

Trovador Solitário exuma pré-história de Russo

A morte precoce de Renato Russo (1960 - 1996), aos 36 anos, em outubro de 1996, acentuou o caráter mítico de sua música e personalidade. Além de ter provocado, desde então, a exumação periódica e contínua de sua obra. Com lançamento agendado para 13 de julho, Dia Mundial do Rock, o CD O Trovador Solitário vem se juntar a uma série de lançamentos póstumos que já inclui O Último Solo (1997), Presente (2003), o tributo Renato Russo - Uma Celebração (2005) e o DVD Entrevistas MTV (2006). Contudo, de todos os títulos póstumos, O Trovador Solitário é o que tem maior valor histórico e documental por revelar inéditas gravações acústicas registradas por Russo em fita cassete, em 1982, entre o fim da banda Aborto Elétrico (1978 - 1982) e a formação da Legião Urbana (1982 - 1996). Encontradas em Brasília (DF) pela irmã do cantor, Carmen Manfredini, as fitas foram digitalizadas sob a supervisão do pesquisador musical Marcelo Fróes - que administra o acervo de Russo com aval da família do artista - para edição em CD por seu selo Discobertas, que é distribuído pela gravadora carioca Coqueiro Verde. O disco reproduz fotos, desenhos e manuscritos de Russo no farto encarte. Com 11 faixas, o disco apresenta registros de aura lendária, a rigor muito mais falados do que propriamente ouvidos. E nem poderia ser diferente, pois as poucas cópias da fita circularam apenas entre os amigos mais próximos de Russo na época em que morava em Brasília e vivia toda a agitação roqueira da Capital Federal. Ao sair do Aborto Elétrico, Russo encarnou durante algum tempo a figura do Trovador Solitário em palcos brasilienses. Com sua voz e seu violão, ele cantava, em estilo folk, adaptações de músicas do repertório punk do Aborto Elétrico e apresentava temas que ainda seriam conhecidos em todo o Brasil ao serem incorporados ao cancioneiro da Legião - criada logo depois destes shows solitários. Das músicas do CD O Trovador Solitário, duas permaneceram inéditas na voz de Russo. Trata-se de Veraneio Vascaína e de Anúncio de Refrigerante - hits undergrounds do Aborto Elétrico que foram parar em álbuns do Capital Inicial, em 1986 e em 2005, respectivamente. Outras duas, Dado Viciado (que nada alude a Dado Villa-Lobos, embora seu título faça supor o contrário) e Marcianos Invandem a Terra, acabaram lançadas em Uma Outra Estação (1997), o primeiro disco póstumo da Legião Urbana. Para legionários órfãos, a propósito, o álbum permite conhecer sucessos do grupo em suas versões iniciais. Eduardo e Mônica, Eu Sei (que então se chamava 18 e 21), Geração Coca-Cola e Faroeste Caboclo aparecem no disco sob a ótica solitária do sedutor trovador, então uma espécie de Bob Dylan do Cerrado.

Blog Notas Musicais - Por Mauro Ferreira

Gafieiras coloca seu projeto sonoro no YouTube

Em 2003, graças aos 450 anos da capital paulista, que seriam comemorados no ano seguinte, a equipe do Gafieiras criou o projeto São Paulo, essa é pra você. A idéia era entrevistar moradores da cidade que contariam uma história e a relacionariam com uma música. Com direção de Daniel Almeida e Ricardo Tacioli, e além destes Sérgio Seabra na captação, foram produzidas cinco peças sonoras com duração em torno de um minuto e meio: Dona Célia, uma senhora apaixonada por boleros; Seu Agenor, vendedor de relógios na Praça Dom Orione, no Bexiga; Maria, uma garota romena que tocava acordeom próximo à Bolsa de Mercadoria & Futuros, no centro da cidade; o desconfiado Zé Francisco, ex-funcionário do Metrô e fã de Zeca Pagodinho; e Jacira Sucateiro, catador e vendedor de sucata. Do sistema de microfones e auto-falantes acoplado ao seu carrinho, cantava e tocava discos de Lindomar Castilho e de dance music.
Essas cinco peças foram apresentadas pela primeira vez na 17ª Mostra do Audiovisual Paulista, realizada em março de 2004. Agora, o Gafieiras inseriu três delas em seu canal no YouTube, que também conta com o vídeo O cofre, curta-documentário que integrou o projeto Adoniran foi embora... (2002) e que fala sobre Museu Adoniran Barbosa, na época instalado num cofre do Banco do Estado. Hoje o acervo do sambista e radialista está no Museu da Imagem e do Som, de São Paulo.

Gafieiras - Por Ricardo Tacioli

Há exatos 18 anos a música perdia o poeta do rock Cazuza

RIO - Nesta segunda-feira completam-se exatos 18 anos da morte do poeta do rock Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza. O cantor morreu às 8h30 do dia 7 de julho de 1990, após uma noite tranquila. A causa registrada no atestado de óbito foi 'choque séptico, conseqüência de uma agranulocitose, decorrente da Aids'. O JB Online reproduz o emocionado texto que o jornalista Tárik de Souza publicou na edição do dia 8 de julho de 1990 no Jornal do Brasil:

Com o fio da lãmina bem afiada

O exagerado Cazuza, com suas rasantes na poética da paixão dilacerada, rompeu as farpas da fronteira rock/MPB. Em letras de corrosão lupicinica, este Agenor, quase xará de Cartola, sorveu música ao mesmo tempo em que dissipava a vida em noites que nunca tinham fim (Por que a gente é assim?) lá pelos Baixos da vida. Bem Nelson Cavaquinho da geração rocker. Sempre auto-irônico, realizou a profecia de 'ganhar pra ser carente profissional'. Alguém capaz de explicitar seduções íntimas: 'Há dias planejo impressionar você, mas fiquei sem assunto. Vem comigo, no caminho eu explico'. Um Morrissey de pele dourada pela tropicalidade, à cata de 'um pouquinho de proteção ao maior abandonado, seu corpo com amor ou não, raspas e restos, mentiras sinceras me interessam'. A devastação afetiva, a relação narcísica especular pós moderna, não poderia ter gerado polaróide mais holográfica. 'Se todo alguém que ama, ama pra ser correpondido, se todo alguém que eu amo é como amar a lua inacessível, é que eu não amo ninguém'. Sem arrego, touché monsieur Lacan.

Jornal do Brasil - Tárik de Souza