segunda-feira, 21 de julho de 2008

Dois livros apresentam visões diferentes da cantora Madonna

RIO - Prestes a completar 50 anos (em 16 de agosto) e com shows confirmados no Brasil em dezembro – que incluem apresentações no Maracanã nos dias 13 e 14 – Madonna acumula mais de 20 biografias ao longo de seus 25 anos de carreira e 275 milhões de discos vendidos. Não faltam livros tentando explicar a mulher por trás dos grandiosos números. Os dois mais recentes estão causando barulho – o que, no fim das contas, sempre acontece quando se trata de Madonna. Apenas um tem lançamento previsto para 2008 no Brasil. Publicado em setembro do ano passado nos Estados Unidos, Madonna: 50 anos de um ícone (Nova Fronteira, R$ 59,90), da jornalista Lucy O'Brien, chega ao país no mês que vem, na Bienal de São Paulo, com tiragem de 30 mil cópias. Apesar de ser uma biografia não-autorizada, recebeu o aval da estrela, que não reclamou das informações. Já o polêmico Life with my sister Madonna, escrito por seu irmão, o decorador de interiores e diretor de vídeos Christopher Ciccone, de 47 anos, e anunciado com estardalhaço mundo afora (350 mil edições da tiragem inicial), teria sido comprado por uma editora brasileira – mas não tem data confirmada de lançamento por aqui. Enquanto o relato de Ciccone aborda supostos fatos sombrios da irmã, a biografia de O'Brien pega leve e praticamente estende o tapete para o brilho de Madonna desfilar sem preocupações. – Você pode olhar a Madonna como ícone ou como escândalo. O livro enxerga a Madonna como um modelo de sucesso: amado e querido. É um livro lado A, não é lado B – atesta Mauro Palermo, diretor executivo da Nova Fronteira. – Tentamos encaixar o lançamento com o aniversário dela, e não é sempre que lançamos simultaneamente com os originais. A Madonna já tem uma biografia lançada há mais de 10 anos no Brasil, mas essa é a mais completa já escrita, até porque é a última. Não vimos sentido em lançar outras. A autora da biografia lado A é do meio: já se aventurou em outros retratos de figuras fetiches do pop, como Dusty Springfield e Annie Lennox – e também foi integrante de da banda punk feminina The Catholic Girls, em atividade nos anos 70. "She bop: a enciclopédia definitiva das mulheres no pop, rock & soul", um de seus livros mais conhecidos, investiga o papel das mulheres na formação da indústria musical, desde o vaudeville à era MTV, com clipes de ícones como Cyndi Lauper, que cede o título de uma de suas músicas para a obra.

Jornal do Brasil - Por Bolívar Torres e Bráulio Lorentz, Jornal do Brasil

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