quinta-feira, 8 de maio de 2008

CD gospel de Warwick vai (re)converter seus fãs

Antes de galgar a parada pop norte-americana a reboque de (deliciosas) canções da dupla Burt Bacharach & Hal David, Dionne Warwick - como muitas cantoras dos EUA - soltava a voz nas igrejas. A ponto de ter formado na adolescência um grupo, The Gospelaires, para cantar a música religiosa norte-americana para dar continuidade à linhagem gospel familiar (sua mãe e tiãs eram as Drinkard Singers, grupo de gospel dos anos 50). Why We Sing, o novo álbum de Warwick, é salutar mergulho da cantora em sua herança gospel. A rigor, o álbum nem é novidade na discografia da artista, que, em 1968, no auge do sucesso de suas gravações das músicas de Bacharach e David, entrou em estúdio para gravar The Magic of Believing, seu primeiro disco inteiramente dedicado à gospel music. A voz já não é a mesma de 40 anos atrás, mas ainda brilha. E Why We Sing é capaz de (re)converter fãs da artista, pois é um dos poucos álbuns de Warwick nos últimos 15 anos em que ela não soa como clone de si mesma... Why We Sing dialoga com o passado gospel de Warwick em várias de suas 12 faixas. Se Jesus Loves me é tema que ela cantava na igreja quando criança, Battle Hymn of the Republic - a primeira imponente faixa de abertura, capaz de converter até anticristãos - é o hino que a cantora já entoou em seu álbum gospel de 1968. Assim como Old Landmarks, faixa que, a exemplo da primeira, ostenta cordas e coro. Aliás, a produção do álbum é das melhores já obtidas por Warwick nos últimos tempos. O coral é arrepiante!!!

Blog Notas Musicais
- Por Mauro Ferreira

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