quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Batida precisa dos DJs está dividida por projeto de lei no Senado


RIO - A batida está fora do ritmo. O compasso preciso dos DJs está dividido pelo projeto de lei em trâmite no Senado que propõe a regulamentação da profissão. Enquanto alguns veem com bons olhos a possibilidade de obter um diploma e assim ter direitos trabalhistas e criar vínculo empregatício com as empresas onde exercem a atividade, outros alegam que não é necessário fazer curso para ser DJ. Autor do projeto, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) tomou a iniciativa após visitar uma feira de música em São Paulo e conversar com o DJ e locutor Antônio Carlos (mais conhecido como A.C.), criador do Sindecs (Sindicato dos DJs e Profissionais de Cabine de Som). – Fiquei entusiasmado. Vi que, ao mesmo tempo em que se aperfeiçoam cada vez mais, continuam vivendo numa espécie de limbo, sem definição se são artistas ou se são músicos – explica Tuma. – Acredito que a possibilidade de ter um diploma, que pode evitar dificuldades na hora de ser contratado e ter direito a férias e outros benefícios, faz do projeto uma iniciativa sadia. A grita dos descontentes ainda não chegou ao senador. – Se alguém é contra, deve ser por medo de concorrência dos que vão correr atrás de se enquadrar. Sinceramente, até agora ninguém veio reclamar comigo. Para a elaboração do projeto, Tuma não foi muito além da conversa com os DJs na feira de música. O parlamentar diz ter ouvido representantes da classe, mas não soube citar o nome de nenhum. – Não anotei os nomes para não ser indiscreto – observa. Como numa pista de dança, onde a reação do público pode alterar a sequência musical, nem todas as propostas do projeto de lei estão totalmente definidas. O curso profissionalizante reconhecido pelo MEC previsto como exigência poderá ser relevado para os que já exercem a atividade há algum tempo. – Os que já estão militando poderão ser reconhecidos com atestado, provando que já atuam – contemporiza Tuma. 
– Os que estão começando agora vão ter de fazer o curso. Outro ponto polêmico prevê que 70% dos DJs escalados em eventos sejam brasileiros. Mas o senador aponta flexibilidade também para esta questão
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Jornal do Brasil - Por Leandro Souto Maior

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